domingo, 18 de setembro de 2011

Yggdrasil - o eixo do mundo

Yggdrasil é a árvore que de acordo com os nórdicos é o eixo do mundo, a árvore era gigantesca em seu tronco se dividiam os nove mundos e as raízes era onde se encontrava Niflhein(o reino do gelo e das névoas) muitos pensam que Niflheiné o inferno, mas na verdade Helgardhque se localiza emNiflhein que é o inferno.
A árvore de Yggdrasiltem propriedades místicas, suas folhas são capazes de trazer os mortos de volta a vida e seus frutos são capazes de curar qualquer doença.
No topo de Yggdrasil se encontra a moradia dos deuses Asgard, onde se encontra a ponte Bifrost ou ponte arco-íris que se liga com o meio da árvore Midgard (a terra dos homens), Odin se enforcou em um dos galhos de Yggdrasil, mas voltou a vida com mágica.
Em Niflhein existe um dragão chamado Nidhogg que devora sem parar as raízes da árvore com o objetivo de a destruir, mas existem vários animais escondidos em Yggdrasil que distraem Nidhogg um deles é o esquilo Ratatosk.

Kappa


Kappa, formado pelos kanji “kawa”, que significa “rio”, “córrego”, e “warabe”, que significa “criança”. Literalmente, “criança da água”, o Kappa é chamado de “diabrete da água”.

 O Kappa é uma criatura pequena, do tamanho de uma criança, e tão travessa quanto. Sua aparência se assemelha a de um anfíbio. Possui um bico, um casco de tartaruga nas costas, e uma estranha formação no topo de sua cabeça, que lembra um prato. Esse prato é repleto de água, e, dizem as lendas, que é a fonte dos poderes sobrenaturais dessa criatura. Caso a água seque, o Kappaenfraquece, podendo vir a morrer, inclusive.

Sua comida preferida é o pepino. Mas, apesar de seu amor por esta cucurbitácea, o Kappa gosta mesmo é de carne, especialmente a humana. Na sua lista de pratos prediletos, rivaliza com o pepino o fígado humano e ashirikodama, uma mítica bola encontrada próximo ao ânus. Por isso, são comuns os relatos de Kappas puxando cavalos e crianças para dentro dos rios. Um antigo costume em Tóquio era escrever o nome de sua família num pepino e atirar em um lago para os Kappas, de modo a evitar seus ataques. Hoje em dia, não é raro, muito menos curioso, encontrar placas próximas a rios e lagos avisando as crianças o cuidado que devem ter com os Kappas.

Onigawara e máscaras Hannya


Onigawara são telhas decorativas que normalmente são postas nas extremidades dos telhados dos templos, santuários e residências. Literalmente, significa “telha do Oni”, sendo redundante dizer que seus entalhes demonstram a face de um Oni. No entanto, o termo acabou sendo utilizado para designar também as telhas decorativas em forma de flores ou animais, bem como em forma de Baku, o youkai devorador de pesadelos, de Dragão, de Fênix, e de outras criaturas sobrenaturais.

Muito além de ser um mero elemento arquitetônico, as Onigawara exercem um papel de proteção, prevenindo os intemperismos, afastando desastres naturais, fogo e espíritos malignos. Elas são colocadas estrategicamente nos cantos nordestes das construções. Como já vimos, a posição nordeste é conhecida o “Portão do Oni”, e, no Feng Shui, é uma direção nada auspiciosa…

O Monte Hiei, por estar localizado a nordeste de Kyoto, foi escolhido como local para a construção do templo de Enryakuji, da escola Tendai, a fim de proteger a antiga capital do Japão das influências nefastas emanadas daquele quadrante. Tanto na cidade como no templo, tornou-se habitual a colocação de Onigawaras nos cantos nordestes de cada um dos edifícios, de modo a exorcizar o “Portão do Oni”.

Com o mesmo propósito, passou-se a utilizar as famosas máscaras Hannya do teatro Noh dentro das residências. Mais do que uma peça decorativa, as máscaras Hannya, que representam espíritos de mulheres maldosas e ciumentas que se transformaram em onis, também servem como elemento para afastar os maus espíritos e influências negativas.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Futakuchi-onna


O folclore japonês contém muitos exemplos de youkai (妖怪) ou monstros. Alguns são maus, alguns não são tão maus, e a maioria deles são perniciosos. Algumas lembram animais, enquanto outros poderiam passar por humanos. Na verdade, existem vários youkai que, segundo a lenda, começaram por ser humano antes de serem transformados, por diversos meios, em monstros, seu nome não demonstra complicações para entender o tipo desse youkai: “futa” significa “dois”; “kuchi”, “boca”; e “onna”, “mulher”. Assim, a Futakuchi-onna é a Mulher de Duas Bocas.
Como o nome sugere, esta é uma mulher que seria normal, não fosse a sua segunda boca, localizada na parte de trás da cabeça dela. Esta boca tem uma mente própria, e os cabelos da mulher são freqüentemente descritos como tentáculos sob o controle da boca, pegando comida para alimentá-la.
Há inúmeras histórias detalhando as origens da futakuchi-onna. O mais comum é o conto de um avarento. Não interessado em pagar pela comida extra, ele se casou com uma mulher que comia muito pouco. No entanto, ele logo descobriu que suas reservas de arroz foram sendo reduzidos a uma taxa alarmante. Espionando sua esposa, ele finalmente descobriu a verdade – uma segunda boca na parte de trás da cabeça, consumindo toda a sua comida. Em outras versões da história, a mulher é normal quando ela se casa, mas depois de anos de fome por causa do marido avarento, a segunda boca se desenvolve em um esforço para mantê-la alimentada.
Embora o conto acima coloca a culpa em cima do marido, uma história mais escura, a alternativa, tem a segunda boca como um castigo que a mulher traz em si 

mesma. Neste, a futakuchi-onna é uma cruel madrasta, que permitiu que seu enteado morrese de fome, mantendo seus próprios filhos bem alimentados. O espírito da criança morta se une a seu corpo, tornando-se uma segunda boca que exige constantemente comida, gritando e causando a dor mulher se ela não obedece. Contudo uma outra história tem a formação da boca depois que um marido acidentalmente divide a cabeça de sua mulher com um machado.
Na maioria das histórias, não há nada necessariamente mal sobre sua segunda boca, além do fato de que é estranho e assustador.


                 

domingo, 24 de julho de 2011

Ame-onna


Ame-onna é uma entidade feminina que aparece durante as tempestades e as noites de chuva, e as histórias quanto à sua origem e às suas aparições variam de região para região.

Para alguns, a Ame-onna seria o próprio espírito da chuva, sendo assim uma yousei. Na China, ela é chamada de Yao Ji, a Deusa da Montanha Wushan.

Uma antiga lenda chinesa conta que Yao Ji era a vigésima terceira filha da Rainha-Mãe do Oeste. Ela era inteligente, bondosa, de temperamento ativo. Não conseguindo mais suportar a pacata vida no palácio celestial, ela o deixou, voando pelos céus. Ela voou sobre milhares de montanhas e viu muitas cenas maravilhosas do mundo dos humanos. Mas quando ela chegou às neblinas que encobriam a Montanha Wushan, ela viu doze dragões causando problemas às pessoas e viu Yu, O Grande, tentando controlar as águas do Rio Amarelo, que estava inundando a região. Admirada pela determinação de Yu, Yao Jin decidiu ajudá-lo.

Do topo de uma nuvem, ela apontou para os dragões. Trovões começaram a ressoar, causando o tremor da terra e das montanhas. Quanto tudo se acalmou, os corpos dos doze dragões haviam se transformado em doze enormes montanhas. Yu subiu ou topo da Montanha Wushan para expressar sua gratidão para com Yao Ji, mas tudo o que ele viu foi uma singela pedra delgada, erguida em direção aos céus. A rocha ficou conhecida como o “Pico da Deusa”, e, desde então, contam que Yao Ji aparece pela manhã como nuvem e à noite como chuva naquela Montanha.

No Japão, dizem que a Ame-onna é uma yuurei, sendo o espírito de uma mulher que perdeu seu filho em uma noite de chuva. Outros contam que é o espírito de uma mulher que seqüestra as crianças durante a noite.
Sua origem, de fato, não é importante. A verdade é que, por onde quer que ela passe, sempre começa a chover…

trailer do filme de Berserk!