sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cinco lendas urbanas japonesas

Kuchisake-Onna - a mulher da boca cortada
A história se passa no período japonês chamado Heidan (Heidan Jidai – 794~1185). Nesse período existiu uma mulher que era esposa (ou amante, não se sabe ao certo) de um samurai, essa mulher era muito bonita e cobiçada por outros. Por ela ter essa beleza única seu marido tinha ciúmes e temia que ela o traisse com outro homem. E de fato ela o traiu. O samurai muito nervoso com o que tinha acontecido, ataca sua mulher cortando sua boca de ponta a ponta gritando: “E agora quem vai te achar bonita?!”

É apartir daí que começa as assombrações. As pessoas falam que ela costuma aparecer em noites nublada com uma máscara cirúrgica (aquelas máscaras de mandaram agente usar contra a gripe suína). Com esse disfarce ela pode muito bem passar despercebida pelos outros pois é normal no Japão as pessoas andarem com máscara, para evitar de passar a gripe para outra pessoa.

Kuchisake-Onna – “Watashi Kirei?” (Eu sou bonita?)
Você, otaku, que nunca teve a atenção de uma menina responde:
Você – “Sim, você é kawaiii!!”
….então ela tira sua máscara……..
Kuchisake-Onna – “Kore demo?” (Mesmo assim?)
Você : s-s-sim (gaguejo). ou se você responder não. ou se ficar emudecido!

Se você tiver essas reações com certeza você é um otaku morto.  Mesmo se você responder “Sim” à segunda pergunta ela ainda pode te matar, pois pode achar que você está sendo irônico. Depois de alguns anos começaram surgir boatos de que se você responder “mais ou menos” à segunda pergunta, dar doces ou se o seu tipo sanguíneo for “O” você conseguiria escapar.
Ah! Tem outro jeito de fugir também….mas isso só serve pra quem for bonito(a), quando ela tirar a márcara e perguntar se mesmo assim ela é bonita, responda: “E eu sou bonito(a)!?” Se você realmente for bonito(a) ela ficará confusa e essa seria sua chance de escapar, caso contrário…..
 
Spiritum Nihon - a criança da encruzilhada
Morrem mais pessoas vítimas de acidentes automobilísticos do  que assassinatos, no Japão. Por algum motivo, às lendas urbanas estão ligadas a esses casos.

Encruzilhada da morte – Todo cruzamento possui um histórico de acidentes, que na maioria das vezes podem custar a vida de alguém. Existem vários casos em que, “aparecem” pessoas que já morreram ali, e que estão de volta para pedir “ajuda” ou impedir que mais tragédias possam ocorrer. Casos como: “a garota do cruzamento” (Kousaten no onna no ko), em que uma garotinha de 4 anos que foi atropelada por um carro. Toda vez em que, o motorista for uma pessoa que não ligue por ultrapassar os semáforos em alta-velocidade, ela aparece em sua frente pedindo “socorro” (tasukete!). Isso ocasionalmente se transforma em um terrível acidente de carro. Lenda ou não, morre mais pessoas no trânsito do que qualquer outro homicídio.
 
Toire no Hanako chan - a menina do banheiro

 Hanako é nome de uma garotinha que foi brincar de pique-esconde com os amigos, e se escondeu na terceira porta do fundo do banheiro do terceiro andar. Depois disso, ela foi encontrada morta no banheiro. Após algum tempo, começou a rolar boatos de que a alma da menina estivesse ainda lá. E se tem duas coisas que NÃO se deve fazer para não chamar a atenção da Hanako é: 1) ir pro banheiro do terceiro andar; 2) bater na porta três vezes e falar “Hanako você está aí?“(Hanako chan, irashaimasu ka?). Se repetido isso três vezes, e você escutar uma voz falando “sim!” (Hai), amigo, provavelmente você verá Hanako. Ela irá te sugar para adentro do banheiro. Apesar disso ter acontecido em um só colégio, essa lenda se espalhou por todos os colégios do país, e se tornou uma das lendas urbanas mais famosas do Japão. Então, se você é um tipo de pessoa que acredita nisso, “NÃO” use os banheiros das escolas (pelo menos do Japão), ou se não, você terá uma visitinha de uma garotinha no seu banheiro. Apesar de tudo, sinto pena dela… (Obs.: isso só acontece no banheiro das meninas.A dos meninos já é uma outra história.)
 Lenda da Bonequinha de Desejos
É muito comum aqui no Japão você encontrar bonecas orientais dentro de aquários. Elas são bonecas de desejos, a pessoa a compra e faz um desejo e assim que o desejo se realizar ela tem que jogar a boneca fora. Até aí tudo bem, o problema é que dizem que o cabelo da boneca cresce sozinho.









Okiku, a boneca viva
Kikuko tinha três aninhos de idade, quando adoeceu gravemente.Era agosto de 1932. Seu irmão visitava a cidade de Sapporo, Hokkaido (Ilha ao norte do Japão) quando viu uma boneca e comprou-a para Kikuko.A pequenina adorou a boneca e não mais separou-se dela, nem por um momento.Porém a doença agravou-se e em janeiro de 1933, Kikuko faleceu. É costume no dia da cremação do corpo, colocar os objetos que a pessoa mais gostava dentro do caixão para ser cremado junto com o corpo.Na ocasião porém, a familia no auge da dor da separação, esqueceu-se de colocar a boneca junto a menina. Após a cremação, a boneca que recebeu o nome de OKIKU, foi colocada no oratório, ao ladodas cinzas da criança, onde a família fazia as orações.Com o passar do tempo começaram a perceber que o cabelo da boneca parecia crescer.

Na década de 40 veio a guerra e a família teve de fugir para o interior, deixando a boneca com os sacerdotes do templo MANNENJI, que a guardaram juntamente com as cinzas de Kikuko.Com o fim da guerra, a família voltou para a cidade, procuraram pelos seus pertences no templo, onde perceberam com espanto que os cabelos da boneca não pararam de crescer! A pedido do irmão da menina, a boneca continuou no templo.A imprensa, mostrou o fenômeno, o que chamou a atenção de pesquisadores, para que fosse dada uma explicação científica para o caso, o que não aconteceu até hoje.

O templo que fica em Hokkaido é visitado por turistas e curiosos que querem ver a fantástica transformação da boneca.Há controvérsias, mas dizem que as transformações são visíveis:
O cabelo antes nos ombros, agora chega à cintura.Os lábios antes cerrados, estão entreabertos e úmidos,e seus olhos parecem olhar para as pessoas com expressões de quem tem vida.
Os japoneses levam muito a sério a vida após a morte e para eles que reverenciam deuses e objetos, tudo é dotado de espírito e precisa ser queimado quando não é mais usado, em sinal de agradecimento e para que descansem em paz após serviços prestados.

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