quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Geishas

Geishas são mulheres japonesas que estudam a tradição milenar da arte da sedução, dança e canto, e se caracterizam distintamente pelos trajes e maquiagem tradicionais. Contrariamente à opinião popular, as geishas não são um equivalente oriental da prostituta. Elas não trabalham com sexo. Podem chegar a flertar, mas seus clientes sabem que não irá passar disso, e esse é o fato que muitos homens se encantam com a cultura de uma geisha. No Japão a condição de Geisha é cultural, simbólica repleta de status, delicadeza e tradição. São em muitos aspectos similares às Kisaeng coreanas. O termo geiko (芸子) é também usado no dialecto de Quioto para descrever as geishas, especialmente no bairro Hanamachi. Ao contrário do que se verificava nos séculos XVIII e XIX, as geishas são atualmente em número bastante mais reduzido. Maiko (em japonês: 舞妓) é o termo utilizado para designar uma geisha aprendiz. O elegante, mundo de alta cultura de que a geisha faz parte é chamado karyūkai (柳界 "a flor e mundo de salgueiro"). Uma geisha famosa, Mineko Iwasaki, disse que isso é porque "geisha é como uma flor, bela em seu próprio estilo, e como um salgueiro, graciosa, flexível, e forte." Outra importante geisha foi Kiharu Nakamura.
Tradicionalmente, uma geisha iniciaria a sua formação em tenra idade. Não obstante algumas delas serem vendidas para casas de geishas (okiya) ainda muito novas, esta não era uma prática comum nos distritos de melhor reputação. Era frequente, porém, que as filhas de geishas se tornassem geishas também, como sucessoras (atatori, que significa herdeiro).
O primeiro estágio desta formação designava-se por shikomi. Assim que as moças chegavam à okiyaa, eram colocadas ao serviço doméstico, realizando as tarefas domésticas tal como as criadas. O trabalho era propositadamente difícil para forçar a transformação das moças à nova casa, e à nova vida que se lhe apresentaria pela frente. A shikomi mais nova estaria encarregue de esperar acordada pela geisha mais velha à noite, enquanto esta não regressasse dos seus compromissos, muitas vezes para além das duas e três da madrugada. Durante este estágio, a shikomi frequentaria as aulas na escola de geishas da sua zona (hanamachi). Atualmente, este estágio persiste, principalmente para acostumar as moças ao dialecto tradicional, tradições e vestuário dos karyūkai.
Assim que se verificasse a proeficiência artística da aprendiza, e completasse este estágio mediante um difícil exame final de dança, a iniciada passaria ao segundo estágio: minarai. Neste nível, a minarai é dispensada dos deveres domésticos para desenvolver e exercitar a formação anterior, já fora de casa e da escola, seguindo o exemplo de uma geisha mais experiente — a sua onee-san, ou "irmã mais velha" — cuja ligação simbólica é celebrada através de um ritual. Embora já participem em ozashiki (banquetes em que os convidados se fazem acompanhar de geishas), não participam a um nível avançado; os seus quimonos, mais elaborados que os das maiko, são concebidos para deslumbrar quanto baste, para compensar. Embora as minarai já possam ser contratadas para festas, tipicamente não são convidadas para as festas em que a sua onee-san participe — são, porém, sempre bem-vindas. Tipicamente, uma minarai cobra 1/3 hanadai, e trabalha em conjunto com uma casa de chá (designada minarai-jaya), aprendendo com a oka-san, i.e., a proprietária. As técnicas desenvolvidas neste estágio não são sequer ensinadas na escola, já que o nível de conversação e brincadeiras só poderá ser desenvolvido através da prática. Este estágio dura, em média, apenas um mês.
 

Geishas modernas

A geisha moderna ainda vive nas tradicionais casas chamadas okiya em áreas chamadas hanamachi, particularmente durante a sua aprendizagem. Muitas geishas experientes que são bastante prósperas decidem viver independentemente. O elegante mundo de alta cultura de que a geisha faz parte é chamado karyūkai. As mulheres jovens que desejam se tornar geishas agora muitas vezes começam a sua formação depois de concluir o ensino fundamental ou até o ensino médio, com muitas mulheres que começam as suas carreiras na idade adulta. A geisha ainda estuda instrumentos tradicionais como o shamisen, shakuhachi, e tambores, bem como canções tradicionais, dança tradicional japonesa, cerimônia de chá, literatura e poesia. Observando outra geisha, e com ajuda do proprietário da casa de geisa, as aprendizes também se tornam habilidosas nas complexas tradições ao redor, selecionando e usando quimono, e na relação com clientes.
Quioto é considerado, por muitos, o lugar onde a tradição de geisha é a mais forte hoje em dia, inclusive Gion Kobu. A geisha nesses distritos é conhecida como geiko. O Tóquio hanamachi de Shimbashi, Asakusa e Kagurazaka também é bem conhecido.
No Japão moderno, a geisha e maiko são agora uma vista rara fora hanamachi. Nos anos 1920 houve mais de 80000 geisha no Japão, mas hoje há muito menos. O número exato é desconhecido para estrangeiros, mas estima-se que esteja entre 1000 para 2000, maior parte na cidade resort de Atami. O mais comum é ver turistas que pagam uma taxa para se vestirem como uma maiko. Geisha muitas vezes é contratada para assistir a festas e reuniões, tradicionalmente em casas de chá (茶屋, ochaya) ou em restaurantes japoneses tradicionais. O seu tempo é medido pela queima de um bastão de incenso, chamado senkōdai ou gyokudai. Em Quioto os termos "ohana" e "hanadai", que significam "taxas de flor", são os preferidos. O cliente toma providências pelo escritório de união da geisha, que guarda o horário de cada geisha e faz as suas designações tanto para


Nenhum comentário: